Em maio, o preço pago pelo litro de leite em Minas Gerais, referente à produção entregue em abril, apresentou nova alta de 0,59% no valor bruto. Com o incremento, o preço médio praticado encerrou o período em R$ 1,123. A elevação observada não deve ser sustentada nos próximos meses, já que a demanda pelos produtos lácteos no mercado final está menor, devido ao aumento dos preços que vem sendo registrado desde fevereiro. Em Minas Gerais, no acumulado de fevereiro a maio, o valor do litro de leite pago ao pecuarista subiu 12%. Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
De acordo com os pesquisadores do Cepea, a alta registrada em maio já era esperada, uma vez que o mês marca o início da entressafra nos principais estados produtores. Neste ano, devido à estiagem atípica registrada ao longo do primeiro bimestre, a alta nos preços foi antecipada, iniciando em fevereiro.
Em relação à produção, o Icap-L (Índice de Captação do Leite) apresentou queda de 2,25% em abril, considerando-se os sete estados que compõem a média Brasil (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo). Em Minas Gerais, a produção se manteve praticamente estável, com ligeiro aumento de 0,5% em abril.
Com o incremento nos preços da matéria-prima, as indústrias repassaram para o mercado final a elevação, o que provocou queda no consumo. Com isso, a demanda pelo leite, por parte dos laticínios está menor, contribuindo para que a expectativa para o próximo mês seja de baixa nos preços.
Segundo o relatório do Cepea, 49,6% dos agentes entrevistados (que representam 50,8% do volume amostrado) acreditam em queda nas cotações em junho. Outros 31,2% (que respondem por 30,6% do leite amostrado) esperam estabilidade, enquanto apenas 19,2% (que representam 18,7% do leite) têm expectativa de alta para o próximo mês.
No Estado, o valor médio bruto (inclui frete e impostos) do litro de leite encerrou maio em R$ 1,123, alta de 0,59% frente ao valor praticado em abril. A cotação máxima alcançou R$ 1,216 e o mínimo R$ 0,957, por litro. Já o valor líqüido, R$ 1,043, ficou 0,35% superior.
Regiões
Dentre as regiões mineiras pesquisadas pelo Cepea, a maior alta foi verificada no Triângulo e Alto Paranaíba, que apresentaram alta de 2,04%, no valor bruto (R$ 1,226), e de 2,3%, no valor líqüido, R$ 1,14.
No Vale do Rio Doce, o incremento no preço bruto foi de 1,67%, com o litro negociado a R$ 1,237. O valor líqüido, R$ 1,138, ficou 1,8% superior ao praticado no mês anterior.
O valor bruto do leite na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) ficou pouco acima do praticado no mês anterior, com variação de 0,23% e o litro negociado a R$ 1,175. No preço líqüido, R$ 1,07, houve queda de 0,13%.
Na Zona da Mata, também foi constatado aumento nos preços. O litro foi negociado na média líquida a R$ 0,913, alta de 0,6%. No preço bruto, R$ 0,987, o incremento ficou em 0,92%.
Já no Sul e Sudoeste, os preços recuaram 2,98%, no valor bruto, e 4,21%, no líqüido. Na média, o litro de leite foi negociado entre R$ 0,966 e R$ 1,031.
Fonte: DCI
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