sexta-feira, 6 de junho de 2014

Alertas de Mercado: Citros, Boi , Frango e Suínos


Citros

Com o clima um pouco mais frio em quase todo o estado paulista, a procura pela laranja pera está desaquecida. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a média da pera está em R$ 10,80/cx de 40,8 kg, na árvore, queda de 4,1% em relação à semana passada. Quanto à moagem da safra 2014/15, as grandes fábricas paulistas iniciaram as atividades em mais unidades nesta semana. Outras devem começar a moer nas próximas semanas e, até o final deste mês, praticamente todas devem estar em funcionamento. 

O maior número de fábricas operando, porém, não significou início das compras da fruta no mercado spot. Neste início de safra, o processamento está restrito a frutas próprias das indústrias. A qualidade das variedades precoces deve se manter boa até o final de junho/início de julho. Depois disso, parte das frutas deve começar a ficar comprometida. Com isso, alguns citricultores estão receosos em relação à negociação de suas precoces com a indústria.

Boi

Mercado do boi gordo em ambiente firme.

A referência para arroba em São Paulo teve alta e ficou em R$121,00, à vista (5/6). Ocorreram negócios por até R$123,00/@, nas mesmas condições de pagamento.
Houve alta nos preços em oito praças pecuárias, tanto para o boi gordo como para a vaca.

A dificuldade em adquirir boiadas terminadas fez encurtar as escalas de abate dos frigoríficos, que têm trabalhado, em média, com 3 dias úteis. Além disso, as programações ainda apresentam falhas.

As praças vizinhas a São Paulo apresentaram reajustes positivos, cenário reforçado pela demanda das indústrias paulistas.

No Triângulo Mineiro, a referência ficou em R$111,00/@, à vista. Ocorreram negócios em preços maiores, entretanto, com menor frequência.

No mercado atacadista de carne com osso houve valorização, puxada pela melhor demanda no início do mês.

O boi casado de animais castrados ficou cotado em R$7,92/kg, alta de 7,7% em sete dias.

Frango

Os valores da carne de frango iniciam junho em queda. Na expectativa de vendas maiores com a Copa do Mundo, frigoríficos vinham formando estoques. No entanto, o consumo ainda não atingiu os níveis esperados, atrapalhando o escoamento de carne. Para alguns agentes, a chegada dos dias do evento pode, inclusive, prejudicar ainda mais a dinâmica de comercialização, visto que o feriado em algumas cidades nos dias de jogos diminui o tempo de negociação do produto. Neste caso, os cortes resfriados são os mais afetados por serem mais perecíveis. 

Nos primeiros dias de junho, o frango inteiro resfriado chegou a ser cotado a R$ 3,04/kg no atacado da Grande São Paulo, o menor patamar, em termos nominais, em três meses e uma desvalorização de 6,5% em relação ao valor médio praticado no início de maio. 

Para o congelado, a cotação do dia 2 de junho, de R$ 2,98/kg, foi a mais baixa desde 26 de julho de 2013, de R$ 2,92/kg – o valor corresponde a uma forte queda de 9% na comparação com o dia 2 de maio/14. Nessa quinta-feira, 5, o resfriado foi negociado a R$ 3,05/kg e o congelado, a R$ 3,01/kg.

Suínos

O preço da carne suína brasileira exportada voltou a subir em maio, garantindo aumento na receita. Por outro lado, o volume do produto embarcado diminuiu no período, interrompendo o movimento crescente dos três meses anteriores. Esse fator, somado a uma demanda brasileira desaquecida, gerou um excedente de oferta no mercado nacional, mantendo em queda as cotações internas da carne. 

Em maio, foram exportadas 32,5 mil toneladas de carne suína in natura, redução de 11,5% em relação a abril (36,7 mil toneladas) e de 12,7% sobre maio/13 (37,2 mil toneladas) – dados da Secex. No mercado doméstico, entre 29 de maio e 6 de junho, a carcaça comum suína se desvalorizou 0,3% no atacado da Grande São Paulo, com o quilo do produto a R$ 5,00 nessa quinta-feira, 5. 

No acumulado de maio, a baixa foi de 3,3%. Para a carcaça especial suína, houve pequena alta de 0,4% nos últimos sete dias, para R$ 5,24/kg nessa quinta – no mês passado, porém, o acumulado foi de queda de 5%.

Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br 

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