O VBP (Valor Bruto da Produção) de Minas Gerais foi estimado em R$ 42 bilhões, quantia 2,47% inferior aos R$ 43 bilhões gerados em 2013. A expectativa de renda acumulada em 2014 pelas principais lavouras e rebanhos, tendo como referência abril, foi calculada pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Em Minas Gerais, o principal produto do agronegócio, o café, apresentou incremento de 12% no VPB.
O VBP das lavouras foi estimado em R$ 26,3 bilhões, o que representa uma queda de 2% frente ao valor obtido em 2013, que era de 26,9 bilhões. A redução da renda gerada por produtos importantes - como feijão, tomate e milho - foi a principal pressão pelo resultado negativo.
De acordo com o levantamento do Mapa, o VBP gerado pela cultura do café em 2014 será de R$ 9,17 bilhões, o que representa elevação de 12,03% frente ao VBP registrado no ano anterior, que era de R$ 8,19 bilhões. A retomada dos preços é o principal fator que justifica o incremento. Segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a saca de 60 quilos, que em 2 de janeiro era negociada a R$ 281,7, encerrou o dia 13 de maio em R$ 422,25, incremento de 49,8%, variação que contribuiu para a alta no VBP do café.
No caso do milho, a queda esperada no VBP é de 27,5%, com a lavoura do cereal avaliada em R$ 2,41 bilhões, frente aos R$ 3,33 bilhões observados em 2013. A retração nos resultados do cereal foi provocada pela queda na produção.
De acordo com dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), em Minas Gerais, a produção da primeira safra de milho foi estimada em 5,76 milhões de toneladas, retração de 15,7%. Para a segunda safra, a previsão é de uma alta de 68,4%, com produção de 1,04 milhão de toneladas. O incremento no segundo período produtivo não será suficiente para cobrir as perdas registradas na primeira safra. Por isso, a produção de milho total será de 6,8 milhões de toneladas, redução de 8,7%.
O feijão também está com perspectiva negativa na geração de renda ao longo de 2014. O VBP foi estimado em R$ 1,18 bilhão, retração de 24,9% quando comparado com os R$ 1,5 bilhão movimentados em 2013.
Em relação ao tomate, a estiagem atípica registrada ao longo dos primeiros três meses de 2014 - o que reduziu o volume de água destinado a irrigação -, aliada à infestação das lavouras pela mosca branca nos principais municípios produtores, interferiu nos ganhos da lavoura. O VBP o tomate foi estimado em R$ 1,23 bilhão, queda de 11,4% frente ao valor de R$ 1,39 bilhão gerados em 2013.
Para a cana-de-açúcar a renda foi estimada em R$ 4,5 bilhões, retração de 5,36%.
O VBP da soja se manterá praticamente estável, com variação negativa de apenas 0,7%, somando R$ 3,77 bilhões, frente aos 3,8 bilhões gerados em 2013. Assim como na soja, a variação do VBP da batata-inglesa apresentou leve recuo de 0,5%, com a cultura avaliada em R$ 1,5 bilhão.
Altas
No caso do algodão em caroço, a expansão estimada para o VBP é de 43,4%, totalizando 339,1 milhões. O aumento dos preços e a expansão de 1,8% na safra mineira são fatores que contribuíram para a elevação da renda.
A expectativa de um aumento de 32% na produção, com a geração de 158,1 milhões de toneladas, alavancou o VBP do trigo. A renda gerada pelo cereal em 2014 foi estimada em R$ 109,5 milhões, alta de 15,08%. Até março, o resultado da cultura era negativo, com o VBP estimado em R$ 83,9 milhões, o que representaria queda de 11,42%.
O VBP da banana também teve incremento e foi calculado em R$ 937 milhões, variação positiva de 1,15%.
Pecuária deve ter retração de 3,13%
Assim como na agricultura, o VBP (Valor Bruto de Produção) da pecuária mineira também está menor que o gerado em 2013. A renda da atividade em 2014 foi estimada em R$ 15,6 bilhões, retração de 3,13% frente ao VBP de R$ 16,1 bilhões obtidos em 2013. No caso da pecuária, somente o leite e os ovos apresentaram resultados positivos.
Segundo o levantamento do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), O VBP do leite foi estimado em R$ 6,68 bilhões, elevação de 4,75% quando comparado com os R$ 6,38 bilhões obtidos em 2013. A valorização dos preços é o principal fator que estimulou a alta no setor leiteiro. Já para os ovos, a produção foi avaliada em R$ 873,5 milhões, avanço de 6,9%.
Dentre os resultados negativos, destaque para a suinocultura. O VBP da atividade recuou 16,8%, fazendo com que a expectativa de renda ficasse em R$ 1,18 bilhão. Resultado semelhante foi observado no VBP do frango, cuja cultura foi avaliada em R$ 2,65 bilhões, retração de 15,3%.
Nos bovinos o VBP ficou em R$ 4,24 bilhões, queda de 3,32% frente ao valor de R$ 4,39 bilhões registrado em 2013.
Fonte: Diário do Comércio
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