Etanol
Os preços do etanol hidratado caíram pela terceira semana seguida no mercado paulista. Segundo pesquisadores do Cepea, a maior oferta, reflexo do avanço da moagem da safra 2014/15 na região Centro-Sul, segue pressionando as cotações. Entre 5 e 9 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado (estado de São Paulo) teve média de R$ 1,1871/litro, queda de 5,5% em relação ao período anterior.
Em três semanas, este Indicador acumula recuo de 16,4%. Para o anidro, a queda foi mais intensa na última semana. A média do Indicador CEPEA/ESALQ, de R$ 1,4019/l, esteve 7,6% abaixo da registrada no intervalo de 28 de abril a 2 de maio. Na semana anterior, o recuo havia sido de 1,3%. A pressão veio do aumento da produção desse combustível neste período da safra.
Pesquisadores do Cepea indicam que, do lado da demanda, distribuidoras aproveitaram os preços mais baixos para negociar um volume ligeiramente maior no spot, especialmente nos primeiros dias da última semana.
Milho
Segundo pesquisadores do Cepea, em regiões de São Paulo e do Paraná, os preços cederam de forma mais acentuada, influenciados pelo ritmo lento da comercialização do milho. Entre 5 e 12 de maio, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), caiu 3%, fechando a R$ 29,48/saca de 60 kg nessa segunda-feira, 12. Novos dados da Conab indicam que, no agregado da primeira e segunda safras, a oferta do Brasil deve ser de 75,2 milhões de toneladas de milho.
O consumo interno deve ser de 53,82 milhões de toneladas e a Conab já estima que as exportações possam chegar a 21 milhões de toneladas. Caso se confirme, os estoques finais em janeiro/15 ficariam em 9,5 milhões de toneladas.
Soja
Em relatório divulgado neste início de maio, a Conab elevou a estimativa da safra brasileira em 0,57% em relação ao relatório de abril, indo para 86,57 milhões de toneladas de soja. Isso se deve ao crescimento de 8,3% do total da área colhida em relação à safra passada. Já a produtividade nacional recuou 1,9% frente à temporada anterior, devido às condições climáticas adversas no período de desenvolvimento do grão.
Quanto às exportações nacionais de soja em grão, nos quatro primeiros meses de 2014, o Brasil embarcou volume recorde para o período, de acordo com dados da Secex. Somente em abril, foram embarcadas 8,25 milhões de toneladas do grão, um recorde mensal, somando 17,3 milhões de toneladas de soja na parcial de 2014.
Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br
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