Café
Caso o clima permaneça favorável, a colheita de café arábica da safra 2014/15 deve avançar nas principais regiões produtoras do País nos próximos dias. Para esta variedade, as atividades se inici aram pontualmente entre o final de abril e meados de maio, e o volume ofertado ainda é pequeno na maioria das praças. Já quanto ao robusta, a quantidade de grãos colhidos é maior, e lotes do Espírito Santo já têm sido comercializados.
Em relação aos preços, nessa quarta-feira, 28, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 406,10/saca de 60 kg, alta de 1,48% em relação à quarta anterior, porém com recuo de 13,7% em maio. Já no mercado de robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 237,74/saca de 60 kg na quarta-feira, queda de 3,36% em relação à quarta anterior e de 8,68% no acumulado do mês (até dia 28) – a retirar no Espírito Santo.
Boi
As cotações da arroba seguem em queda, refletindo principalmente a pressão da indústria. Segundo pesquisadores do Cepea, frigoríficos continuam alegando fracas vendas de carne no atacado e, por isso, tentam efetivar novos negócios envolvendo o boi gordo a valores abaixo dos mínimos vigentes no início do mês. Nessa quarta-feira, 28, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo) fechou a R$ 120,69, leve baixa de 0,07% sobre a quarta anterior e de 2,65% ao longo de maio.
A necessidade de venda de parte dos pecuaristas e a entrada de animais inteiros de pasto reforçam a pressão sobre as cotações. Por outro lado, a negociação de animais que atendem a alguns requisitos do comprador, como peso e volume de lotes maiores, tem limitado as baixas dos valores médios diários da arroba. De modo geral, o ritmo de efetivações é lento.
Trigo
As recentes quedas nos preços do trigo podem dificultar a redução, ou até mesmo a isenção, da Tarifa Externa Comum (TEC) para países que não integram o Mercosul, esperada por compradores brasileiros. Os estoques considerados confortáveis por parte dos moinhos nacionais, a liberação recente de novos lotes da Argentina e a expectativa de safra maior na América do Sul devem influenciar a decisão ainda a ser tomada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).
Segundo pesquisadores do Cepea, quando o pedido de alteração foi realizado, em abril, o cenário era diferente do atual. Havia incertezas sobre a oferta interna e a liberação dos embarques argentinos. As cotações no Brasil estavam subindo, chegando aos maiores patamares do ano, quando, então, passaram a recuar.
Agora, muitos produtores já temem a possibilidade de venda do cereal abaixo do preço mínimo no segundo semestre. No geral, os valores do cereal estão em queda há semanas, devido, principalmente, à intenção de vendedores de liberar estoques remanescentes no Paraná e Rio Grande do Sul. Além disso, moinhos continuam indicando que estão abastecidos com trigo importado, sem necessidade de compra de grandes volumes.
Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br
0 comentários
Postar um comentário