Boi
Os preços do bezerro seguem registrando pequenas altas neste início de abril, enquanto os do boi gordo acumulam ligeiras quedas diárias. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário tem reduzido o poder de compra de pecuaristas que praticam a recria-engorda.
Em São Paulo, nessa quarta-feira, 9, com a venda de um boi de 16,5 arrobas para abate, o pecuarista conseguia adquirir 2,07 bezerros no mercado paulista, ante os 2,19 bezerros possíveis de serem comprados em março, ou seja, redução de 5,5% no poder de compra. Desde o início de abril, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo) acumula queda de 1,09%, fechando a R$ 124,52 nessa quarta-feira.
Já o bezerro negociado no mesmo estado acumula alta de 2,01%, a R$ 990,57 nessa quarta-feira. Segundo agentes consultados pelo Cepea, os aumentos de preços da reposição estão atrelados principalmente à oferta restrita. Quanto ao boi gordo, a pressão continua vindo da demanda enfraquecida especialmente no atacado.
Citros
Quanto à safra 2013/14 da Flórida, a estimativa de produção foi reduzida novamente pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Segundo relatório divulgado nessa quarta-feira, 9, o estado norte-americano deve colher a menor safra desde 1984/85, totalizando apenas 110 milhões de caixas de 40,8 kg. Se esse cenário se confirmar, a menor oferta de laranja (e, consequentemente, de suco) dos EUA deve elevar a demanda pelo suco do Brasil, maior exportador da commodity.
Sem previsões de aumento na oferta mundial no curto prazo, o suco de laranja tende a se manter valorizado no mercado internacional. Uma possível valorização do suco pode elevar o preço pago ao citricultor paulista. Por outro lado, a elevação no preço da fruta ao consumidor final pode limitar a demanda pelo produto.
Frango
Para o curto prazo, as expectativas de agentes colaboradores do Cepea se dividem. Alguns não acreditam em uma melhora do cenário, embasados na possível continuidade das quedas de preços das carnes concorrentes e na entrada da segunda quinzena de mês – tipicamente pior para as vendas. Outros agentes, porém, apostam num aquecimento do mercado, favorecido pelo reabastecimento de estoques por parte dos varejistas após a Semana Santa.
Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br
0 comentários
Postar um comentário