Arroz
Com a prioridade na colheita, poucos orizicultores ofertam lotes de arroz e, com isso, o preço do casca está firme. Outros produtores preferem vender a soja e o boi para “fazer caixa”, em detrimento do cereal. Ainda há aqueles que afirmam ter acesso ao EGF (Empréstimo do Governo Federal), sem necessidade de venda imediata. Segundo pesquisadores do Cepea, muitos ainda estão preocupados com a qualidade do grão colhido, devido à instabilidade climática desde o plantio no Rio Grande do Sul.
Neste cenário de baixa oferta em pleno período de colheita, indústrias gaúchas precisam pagar valor ligeiramente maior pelos lotes de arroz da nova safra. Entre 25 de março e 1º de abril, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBOVESPA (Rio Grande do Sul, 58% grãos inteiros) subiu 0,8%, fechando a R$ 34,01/sc de 50 kg na segunda-feira, 1º. Mesmo assim, em março, o Indicador acumulou queda de 1,28%.
Boi
Apesar da baixa oferta de animais para abate, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa tem registrado pequenas quedas. Segundo agentes consultados pelo Cepea, o fraco ritmo de venda de carne no mercado atacadista influenciou as recentes desvalorizações da arroba bovina.
Frigoríficos alegam ter dificuldade para vendas num mercado de demanda enfraquecida e, por isso, tentam comprar animais a preços menores. Além disso, as aquisições de boi em outros estados e a diminuição dos volumes de abate têm dado suporte ao recuo de parte dos compradores. Entre 26 de março e 2 de abril, o Indicador acumulou baixa de 1,33%, fechando em R$ 125,67 nessa segunda-feira, 2. No acumulado de março, a alta foi de 4,5%.
Suínos
Os embarques de carne suína tiveram elevação em março pelo segundo mês consecutivo. Aliados à maior demanda interna, os envios favoreceram a reação das cotações do suíno vivo e das carcaças no mercado doméstico. Segundo dados da Secex, em março, foram embarcadas 32,3 mil toneladas de carne suína in natura, volume 3,9% maior que o de fevereiro e 10,6% superior ao de janeiro.
A receita também cresceu 4,9% na comparação com fevereiro, 12,1% frente a janeiro e 16,3% sobre o montante registrado em março/13, chegando a R$ 216,14 milhões. Com a menor disponibilidade interna e a demanda brasileira mais firme, reflexo da alta das carnes concorrentes (bovina e de aves), os preços reagiram. Na Grande São Paulo, a carcaça comum suína foi comercializada a R$ 5,34/kg no último dia 31 de março, acumulando alta de 9,8% no mês.
O estado que registrou as maiores variações para o vivo em março foi São Paulo. Nas praças de Avaré/Fartura e de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o cevado foi comercializado por R$ 3,65/kg no encerramento de março, com valorizações de 11,9% e 12,1%, respectivamente, no mês.
Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br
Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br
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