segunda-feira, 7 de abril de 2014

ABCZ divulga novas regras e relações com os trabalhadores durante a 80ª ExpoZebu


Por muitos e longos anos, a principal preocupação dos organizadores das feiras agropecuárias sempre foram como instalar o gado na melhor posição, com conforto para mostrar todas as qualidades dos animais. Para agregar mais e mais valor aos seus produtos. Para isso foram construídos galpões, lavadores e recintos de leilões luxuosos.

Neste ano, a preocupação está voltada também aos tratadores. O Presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, Luiz Claudio Paranhos, distribuiu um comunicado aos expositores alertando para as novas regras e relações com os trabalhadores durante a 80ª ExpoZebu.

Segundo o Presidente, por exigência do Ministério Público e do Ministério do Trabalho, os tratadores, terão que ter, obrigatoriamente, alojamentos e devem almoçar e jantar em restaurantes. Além disso, todo e qualquer trabalhador dentro do parque deve possuir registro de trabalho de acordo com a legislação.

A ABCZ informa que foram contratadas instalações “são alojamentos provisórios, com camas beliches, colchões e armários”, os quais serão disponibilizados “naturalmente a preço de custo”. Mas disse que está fazendo tudo isso para cumprir as “exigências dos órgãos públicos”.

Segundo a nota de Paranhos, cada expositor terá que providenciar aos seus funcionários roupas de cama e alimentação. Lembra que devem manter nos pavilhões “somente o pessoal devidamente registrado e dentro dos horários de trabalho previstos nos respectivos contratos”.

O Presidente faz um alerta: “para evitar problemas com os órgãos públicos, não será permitida a entrada de camas ‘tatu’, fogões e fogareiros no parque Fernando Costa”.

Com as novas normas do Ministério do Trabalho, os pavilhões serão fiscalizados por vigilantes contratados pela ABCZ e os tratadores não terão de descansar em seus alojamentos. Segundo a associação, caso tenha algum problema com os animais nos pavilhões, os vigilantes acionarão os responsáveis.

Por outro lado, a ABCZ informa que se o expositor desejar manter um funcionário de plantão no pavilhão, “que o faça de forma a estar acobertado pelo contrato de trabalho, sob a forma de revezamento ou comprovação de que trabalha efetivamente naquele turno”.

Em nota o Presidente declara que entende que isso pode gerar transtornos durante a exposição: “estamos cientes dos eventuais transtornos que estas medidas trarão, por isso esperamos que todos trabalhem suas equipes no sentido de cooperarem com a organização de nosso evento”. Por outro lado, informa que durante a exposição manterá “engenheiros de segurança, médicos do trabalho e fiscais”.

A ABCZ estima que essas "novas exigências" deverão custar ao expositor em torno de quatrocentos reais (R$400,00) por tratador.

Fonte: Portal GirBrasil, adaptada pela comunicação ACNB

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