sexta-feira, 14 de março de 2014

Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro do Primeiro Bimestre de 2014


No primeiro bimestre de 2014 as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$ 7,71 bilhões (24,1% do total nacional) e as importações2, US$ 14,03 bilhões (36,8% do total nacional), registrando um déficit de US$ 6,32 bilhões. Em relação a primeiro bimestre de 2013, o valor das exportações paulistas diminuiu 3,0% e o das importações aumentou 8,5%, com elevação do déficit comercial (+26,9%) (Figura 1). Comparando-se primeiro bimestre de 2014 com o mesmo período de 2013, as exportações paulistas caíram (-3,0%) e as exportações brasileiras aumentaram (+1,4%), enquanto que, nas importações, o acréscimo em São Paulo (+8,5%) foi maior do que no Brasil (+3,5%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e importações, o déficit da balança comercial paulista registrou aumento de 26,9%, superior ao crescimento do déficit da balança comercial brasileira (+16,2%).


O agronegócio3 paulista apresentou exportações decrescentes (-8,1%), atingindo US$ 2,85 bilhões, enquanto que as importações tiveram acréscimo (+4,0%), somando US$ 1,04 bilhão, resultando em queda de 13,8% no saldo comercial em relação aos dois primeiros meses de 2013, atingindo US$ 1,81 bilhão (Figura 2).



Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive o agronegócio - somaram US$ 12,99 bilhões para exportações de US$ 4,86 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$ 8,13 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo manteve-se positivo.

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado diminuiu 2,0 pontos percentuais, enquanto a participação das importações caiu 0,3 ponto percentual, na comparação do primeiro bimestre de 2014 com o de 2013 (Figura 3).


A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 6,18 bilhões em primeiro bimestre de 2014, com exportações de US$ 31,96 bilhões e importações de US$ 38,14 bilhões. O crescimento do déficit comercial (+16,2%) ocorreu em função de aumento nas exportações (+1,4%) menor que o das importações (+3,5%)(Figura 4).


No primeiro bimestre de 2014 as exportações do agronegócio brasileiro diminuíram 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$ 12,26 bilhões (38,4% do total). Já as importações do setor aumentaram 2,9%, também na comparação com o primeiro bimestre de 2013, somando US$ 2,83 bilhões (7,4% do total). O superávit do agronegócio no primeiro bimestre de 2014 foi de US$ 9,43 bilhões, sendo 6,9% inferior ao do mesmo período no ano passado (Figura 5).



Portanto, o déficit do comércio exterior brasileiro só não foi muito maior devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 19,70 bilhões e importações de US$ 35,31 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 15,61 bilhões.
A participação do agronegócio nos totais do País caiu em termos das exportações (-2,5 pontos percentuais) e manteve-se praticamente inalterada com relação às importações (-0,1 ponto percentual) (Figura 6).



A participação paulista no total da balança comercial brasileira caiu em termos das exportações (-1,1 ponto percentual) e subiu no tocante às importações (+1,7 ponto percentual) (Figura 7).



Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações setoriais de São Paulo no primeiro bimestre de 2014 representaram 23,2%, ou seja, 0,9 ponto percentual a menos que nos dois primeiros meses de 2013, enquanto as importações representaram 36,7%, percentual superior ao verificado no ano passado (+0,3 ponto percentual) (Figura 8).




Fonte: IEA Autor(es): José Roberto Vicente (jrvicente@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor

1 comentários

Esmeralda 27 de janeiro de 2021 às 07:30

Apesar da notícia ser um pouco antiga, creio que, desde então, o agronegócio só tem crescido no mundo.
E mesmo neste momento, com toda pandemia, ainda tem crescido. Não tão alto, mas tem.
Isso é uma boa notícia!
Adriana do Real Gramas

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