quinta-feira, 13 de março de 2014

Alertas de Mercado: Boi , Suíno e Trigo


Boi

Os valores da carne bovina comercializada no atacado paulista seguem em alta em março, atingindo novos patamares nominais recordes da série histórica do Cepea para este produto, iniciada em 2001. Apesar do preço elevado, a maioria dos colaboradores consultados pelo Cepea afirma que as vendas durante o período de carnaval no varejo aumentaram, o que contribuiu para enxugar os estoques do produto. 

Além da maior demanda interna, principalmente por cortes traseiros, as exportações seguem aquecidas, com destaque para os dianteiros, conforme relatam os mesmos agentes. Do lado da oferta, a redução do volume abatido e/ou dos dias de operação da indústria reforçou as altas de preços. 

Na parcial de março, a carcaça casada bovina acumula valorização de 2,6% no atacado da Grande São Paulo, com o quilo do produto sendo cotado a R$ 8,15 nessa quarta-feira, o maior valor da série histórica do Cepea, em termos nominais. Em termos reais, ou seja, considerando-se a inflação (IGP-DI de jan/14), a média parcial de março da carcaça casada bovina, de R$ 8,03/kg, é superada apenas pela média de novembro de 2010, de R$ 8,50/kg.

  • oi gordo R$/@
  • à vista
  • 30 dias
    • SP Barretos
    • 121,0
    • 122,0
    • SP Araçatuba
    • 121,0
    • 122,0
    • MG Triângulo
    • 110,0
    • 111,0

    Suíno

    Os preços do suíno vivo e da carne se estabilizaram nos últimos dias, após recuarem por quase dois meses. Segundo colaboradores, a restrição da oferta, resultado da alta dos custos de produção (especialmente do milho), combinada ao ligeiro aquecimento da demanda (período de carnaval e início de mês) contribuíram para interromper o cenário de queda das cotações. 

    Além disso, os atuais patamares elevados das carnes bovina e de frango têm mantido elevada a competitividade da suína, embora o forte calor dessa época e a entrada da Quaresma possam limitar as vendas do produto.

    Trigo

    Os baixos estoques de trigo no mercado interno e o dólar em patamar elevado, que aumenta a paridade de importação, continuam dando sustentação aos preços do trigo no Brasil neste período de entressafra. Segundo pesquisadores do Cepea, além disso, apesar de a comercialização seguir lenta, a demanda reagiu um pouco. No geral, compradores têm interesse de aquisições, mesmo que para pequenos lotes.

    Mas muitos agentes estão no aguardo da intensificação das importações da Argentina. Do lado vendedor, empresas que visavam liquidar estoques para liberar espaços para a safra de verão já o fizeram. Agora, estas unidades devem controlar o estoque restante, vendendo de acordo com as oportunidades de negócios. 

    Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br 

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