sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Alertas de Mercado: Boi , Citros , Frango e Suínos


Boi

O ritmo de negociações de animais para abate esteve lento na última semana. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), apesar de frigoríficos continuarem pressionando as cotações da arroba, por conta da desvalorização da carne no atacado, a oferta restrita de animais se sobressaiu, levando a novos aumentos de preços.

O Indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa, do Estado de São Paulo, fechou a R$ 114,55, alta de 1,42% em relação à quarta anterior. No acumulado de janeiro, no entanto, acumula baixa de 0,18%. No mercado atacadista de carne com osso, o preço da carcaça casada de boi permaneceu praticamente estável entre 22 e 29 de janeiro, alta de 0,1%, cotada a R$ 7,39 kg na quarta. No acumulado de janeiro (até o dia 29), porém, registra desvalorização de 5%.

Citros

A produção de tahiti no estado de São Paulo deve ser novamente volumosa neste ano, semelhante à verificada em 2013. Com a proximidade do pico de safra, a tendência é de preços menores no mercado de mesa. Ainda assim, os valores podem ser superiores aos do mesmo período do ano passado, principalmente para frutas de calibre adequado e de melhor qualidade. Além disso, a boa demanda industrial e o envio de tahiti para exportação podem absorver parte do excesso do produto, amenizando a baixa nas cotações. No mercado in natura, de acordo com pesquisas do Cepea, as vendas seguem estáveis e os preços, em queda. 

De segunda a quinta-feira, a média foi de R$ 7,06/cx de 27 kg, colhida, recuo de 8,07% na comparação com a semana passada. Em relação à laranja in natura, após a estabilização das cotações, e em alguns casos até uma ligeira queda, as vendas voltaram a se aquecer. Na parcial desta semana (entre 27 e 30 de janeiro), a média para a laranja pera é de R$ 19,73/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 2,8% em relação à anterior

Frango

As cotações da carne de frango comercializada no atacado terminam o primeiro mês do ano com fortes quedas, segundo levantamentos do Cepea. O recuo mais significativo no acumulado até 30 de janeiro, de 13,6%, foi registrado para o frango resfriado em São José do Rio Preto (SP), com o quilo do produto cotado na média de R$ 3,17/kg na quinta-feira, ante os R$ 3,67/kg do dia 30 de dezembro de 2013. Para o frango congelado, a baixa mais intensa, de 13%, foi observada em Pará de Minas (MG), onde o quilo do produto passou de R$ 4,21 no encerramento do ano passado para R$ 3,66 no dia 30, em média. Segundo pesquisadores do Cepea, a combinação de demanda retraída, em um período de férias escolares e gastos extras, e maior oferta explica o movimento de baixa nas cotações. 

No ano passado, diferentemente, os preços da carne de frango chegaram a subir em algumas regiões nessa época – em Erechim (RS), a valorização chegou a 6% no acumulado de janeiro/13. Naquele período, conforme informações do Cepea, a disponibilidade interna do produto estava menor, devido principalmente à diminuição do volume produzido no País por conta dos altos custos observados desde o segundo semestre de 2012.

Suínos

Os preços do suíno vivo e da carne suína alcançaram neste mês as maiores médias nominais para janeiro da série histórica do Cepea, iniciada em 2004, apesar de terem caído recentemente. Em termos reais (deflacionando-se pelo IPCA de dez/13), os valores médios de janeiro/14 ficam abaixo apenas dos verificados no primeiro mês de 2005. O que sustenta os preços em patamares elevados é o cenário de oferta restrita de animais para abate. Na média de jan/14 (até o dia 29), a carcaça comum suína é cotada a R$ 5,98/kg e a especial, a R$ 6,33/kg, respectivos aumentos de 2% e 4%, em relação aos preços médios de igual intervalo do ano passado. Para o suíno vivo, a média mensal (até o dia 29 de janeiro), de R$ 4,18/kg, supera em 8% a de jan/13.

Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br 

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