Os projetos de lei que criam o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite) e o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Prodeleite) foram aprovados por unanimidade nesta terça-feira (10) na Assembleia Legislativa (AL).
Na prática, eles significam a organização e o financiamento de ações da cadeia com maior potencial de produção no Estado. Têm ligação direta com a meta que o secretário estadual da Agricultura Luiz Fernando Mainardi tem defendido de chegar aos 20 milhões de litros/mês em dez anos.
Deputados que acompanharam o governador Tarso Genro em missão à China disseram que o país se comprometeu em comprar toda a produção gaúcha de leite em pó. O RS é único estado do Brasil a ter iniciativas nesse sentido, a exemplo do vizinho Uruguai e da Europa.
Para o coordenador da Câmara Setorial do Leite, João Milton Cunha, a cadeia vive um novo cenário, que vai culminar com a criação do Instituto Gaúcho do Leite (IGL). “O RS passa a se equiparar aos modelos dos países mais desenvolvidos que tratam da cadeia leiteira no mundo”, afirmou Cunha.
O fundo se destina a financiar ações, projetos e programas de desenvolvimento da cadeia produtiva do leite bovino e os seus derivados. Já o Prodeleite pretende dar mais organização, desde a produção da matéria-prima à colocação dos produtos no mercado.
Mais produção com qualidade e sanidade
Na esteira de aumentar a produção, a qualidade e a sanidade do leite, a Secretaria da Agricultura tem incentivado a adesão dos produtores ao Programa Mais Leite de Qualidade. Por meio de financiamento com juros de 2% ao ao ano para pequenos produtores, são adquiridas ordenhadeiras e resfriadores de expansão, investimento subvencionado pelo Estado. Hoje, das 120 mil famílias produtoras de leite no RS apenas 40 mil têm os equipamentos. Além de melhorar a qualidade do produto, as cooperativas pagam mais ao produtor que armazena o leite nesse tipo de resfriador.
Outro programa é o Dissemina. Coordenado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), vinculada à Agricultura, tem por objetivo qualificar a genética do rebanho gaúcho, sobretudo da pecuária familiar.
Em parceria com os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, o Governo do Estado atuará em mais de 200 municípios levando um kit inseminação com um botijão de nitrogênio liquido, um veículo e doses gratuitas de sêmen. Os técnicos municipais já estão sendo treinados pela Fepagro.
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul
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