sábado, 30 de novembro de 2013

Alertas de Mercado: Boi Gordo, Café, Citros e Frango


Boi Gordo

As cotações do boi gordo vêm se mantendo firmes na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), influenciadas, sobretudo, pela oferta restrita. Parte dos operadores afirma que a demanda por carne está mais aquecida, estimulando a procura por animais por parte dos frigoríficos. O discurso principal, porém, baseia-se mesmo na dificuldade da indústria em obter novos lotes, sejam de confinamentos ou de pasto.

Segundo pesquisadores do Cepea, as atenções seguem voltadas à recuperação das pastagens e ao período em que os animais desse sistema de engorda ficarão prontos, o que pode amenizar as dificuldades de compra. Entre 20 e 27, o Indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa (Estado de São Paulo) teve alta de 0,75%, fechando em R$ 109,04 na quarta-feira, 27. Na parcial de novembro (até o dia 27), o acréscimo é de 1,2%.

Em novembro de 2012, apesar de o volume de animais ofertado não ter sido expressivo, o recuo comprador resultou em queda de 0,81% no acumulado daquele mês, com o Indicador encerrando o período a R$ 96,42.

Café

O mercado de robusta no Brasil vem sinalizando certa recuperação nos preços ao longo de novembro. Entre 20 e 27 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 teve alta de 4%, a R$ 209,92/saca de 60 kg na quarta-feira, 27, à vista e a retirar no Espírito Santo. Desde o início deste mês, este Indicador já subiu expressivos 12,48%. Segundo colaboradores do Cepea, o impulso vem da maior necessidade de compra por parte de alguns agentes.

Além disso, poucos são os vendedores ativos no mercado. Com relação ao mercado de arábica, os preços da variedade também aumentaram em sete dias. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 254,87/saca de 60 kg, alta de 2,5% no período. No acumulado de novembro, no entanto, a recuperação nos valores do arábica ainda é modesta em comparação com o robusta, de 5,31%.

Citros

Com oferta ainda restrita, os preços da lima ácida tahiti seguem firmes no estado de São Paulo neste mês, contrariando as expectativas de agentes do setor. Esse cenário é resultado do regime irregular de chuvas em outubro, que atrasou o crescimento e a maturação das frutas. Para dezembro, no entanto, a expectativa é de elevação na oferta de tahiti, e, consequentemente, de queda nos preços da fruta, visto que houve bons volumes de precipitações neste mês.

Na parcial de novembro (até o dia 28), o preço médio da lima ácida tahiti negociada no mercado paulista é de R$ 28,57/caixa de 27 kg, 10,6% superior ao de outubro, mas 7,5% abaixo da média de novembro de 2012. Para a laranja, as vendas estão calmas, devido principalmente ao fim de mês, período em que a demanda geralmente se desaquece. Na parcial desta semana, a laranja pera registra média de R$ 12,32/cx de 40,8 kg, na árvore, recuo de 2,3% em relação à média da semana anterior.

Frango

Os preços da carne de frango têm subido no mercado brasileiro, sustentadas pela demanda firme. Na parcial de novembro (até o dia 28), o frango resfriado registra valorização de 1,2%, negociado a R$ 3,63/kg nessa quinta-feira, 28 no mercado paulista. Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar de a oferta de animais para abate ter aumentado ligeiramente nos últimos dias, as demandas interna e externa seguem firmes, garantindo a sustentação das cotações.

Segundo levantamento da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), a média diária exportada de carne de frango in natura, que em outubro era de 13,9 mil toneladas, passou para 16,4 mil toneladas nas quatro primeiras semanas de novembro, ou seja, um forte crescimento de 18%. Quanto aos cortes resfriados de frango, os preços também acumulam altas no mês. O destaque vai para a asa e o coração, bastante consumidos no fim de ano (em churrascos e confraternizações em geral). Para esses produtos, a valorização supera os 10,5%. No mercado de frango vivo, as cotações voltaram a subir, ainda que ligeiramente, nos últimos dias. 


Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br e Rural BR

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