Algodão
As cotações do algodão em pluma voltaram a subir no mercado brasileiro nesta semana, influenciadas pela postura mais firme de vendedores. Segundo pesquisadores do Cepea, outros produtores estão fora de mercado para novas negociações, já que o beneficiamento e o cumprimento de alguns contratos para exportação estão atrasados.
Parte das indústrias, por sua vez, está estocada e, portanto, fora das compras. Já agentes de unidades com necessidade imediata de aquisição aceitaram os valores ligeiramente maiores pedidos por vendedores. Entre 10 e 17 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias subiu 0,48%, a R$ 2,1380/lp nessa terça-feira, 17. No mês, o Indicador ainda acumula baixa de 1,01%, com média de R$ 2,1391/lp.
Arroz
As negociações envolvendo o arroz em casca ainda estão em ritmo lento no mercado físico brasileiro, devido ao menor interesse de compra por parte de empresas. Os valores seguem enfraquecidos, agora influenciados também pelo preço médio do leilão realizado na semana passada, que foi inferior ao observado na operação de agosto. Segundo pesquisadores do Cepea, a redução no preço médio do leilão e também no mercado spot reduziu o volume de arroz em casca ofertado no mercado.
Mesmo assim, corretores indicaram que foram realizadas vendas para indústrias de outros estados, especialmente de Minas Gerais. Diante dos vencimentos de custeio para os próximos meses, agentes da indústria do Rio Grande do Sul têm expectativa de que produtores comercializem lotes de arroz “livre” (armazenados nas propriedades rurais). Parte dos orizicultores, no entanto, afirma não ter necessidade de venda imediata, aguardando a acomodação do mercado para retomar os negócios. De 10 a 17 de setembro, o Indicador do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% de grãos inteiros) teve ligeira queda de 0,35%, fechando a terça-feira, 17, a R$ 33,95/saca de 50 kg.
Trigo
O bom desenvolvimento das lavouras de trigo da Europa e da Ásia podem levar indústrias moageiras brasileiras a se abastecerem nesses continentes. Tradicionalmente, o Brasil importa da América do Sul e dos Estados Unidos, porém os trigais nessas localidades têm sido prejudicados por intempéries. Alguns moinhos consultados pelo Cepea apontam que as compras de trigo de países europeus e asiáticos devem começar já nos próximos meses. Essas regiões estão em busca de novos compradores e, por isso, oferecem melhores condições e preços.
Considerando-se os últimos 17 anos (de 1996, quando a série da Secex foi iniciada, a 2012), os dois anos em que o Brasil mais importou trigo da Europa e Ásia foram 2002 e 2003, com volume que representou 3,7% e 4,6% do total importado, respectivamente. Recentemente, em 2009 e 2010, as importações desses continentes representaram apenas 0,5% em cada ano do total adquirido pelo Brasil.
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