sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Alertas de Mercado: Café , Frango e Suíno


Café

Mesmo com as medidas de apoio ao setor cafeeiro divulgadas nesta quarta-feira, produtores estão receosos quanto à efetividade dessas iniciativas no longo prazo. Assim, colaboradores do Cepea indicam que o cafeicultor segue retraído do mercado, já que considera os atuais valores bastante baixos.

Entre as medidas governamentais anunciadas ontem, os produtores terão opção de venda de 3 milhões de sacas de café ao governo por R$ 343,00/sc de 60 kg. Além disso, foi confirmada a distribuição de recursos do Funcafé, na ordem de R$ 3,16 bilhões na safra atual. Entre 31 de julho e 7 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, subiu 0,45%, fechando a R$ 287,03/saca de 60 kg nessa quarta-feira.

Frango

A receita da carne de frango in natura brasileira exportada em julho foi de R$ 1,35 bilhão, um recorde para o mês, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Na comparação com o junho, quando os embarques geraram R$ 1,28 bilhão, houve aumento de 4,9% e, em relação a julho de 2012 (R$ 976,6 milhões), de 37,7%. De acordo com pesquisadores do Cepea, as altas são atribuídas principalmente à valorização do dólar frente ao Real, que tem compensado parte da redução dos preços em dólar e permitido um aumento no volume embarcado.

Esse cenário contribui, inclusive, para diminuir a oferta no Brasil e impulsionar as cotações internas. No mercado doméstico, os preços do animal vivo e da carne de frango no atacado seguem em alta neste início de agosto na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea. Para a carne, além do maior ritmo dos embarques, a tentativa de repasse dos aumentos das cotações do frango vivo reforça o movimento de alta.

Suíno

Os embarques de carne suína voltaram a subir em julho – 26,8% frente a junho e 15,7% em relação a julho/12 –, totalizando 43,5 mil toneladas e mostrando sinais de recuperação do setor. A melhora nas vendas externas, favorecida pela retomada das compras da Ucrânia, alivia parte dos estoques que vinha se acumulando nas câmaras de frigoríficos nacionais. Segundo pesquisadores do Cepea, esse fator somado à menor oferta de animais para abate em algumas regiões têm elevado as cotações internas do suíno vivo e da carne. O movimento de alta começou no final de julho em algumas regiões, com os aumentos mais expressivos ocorrendo nos mercados independentes de São Paulo e de Minas Gerais.

A oferta de animais com peso ideal para abate está restrita, porque, quando os preços do suíno vivo estavam em queda, produtores de São Paulo tiveram que vender quantidade maior de suínos para fazer caixa. Neste momento, os animais que continuam nas granjas ainda estão leves, limitando o volume ofertado. 

Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br

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