sábado, 15 de junho de 2013

Fonte de calor para as aves é decisiva para uma boa produção



A chegada do inverno traz preocupações extras para os produtores de frangos de corte em regiões mais frias, como o Sul do Brasil. Segundo a Embrapa Suínos e Aves, empresa de pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é preciso estar atento ao manejo dentro do aviário. “Se ocorrerem erros nesse período, o lote certamente terá quebra de produtividade”, alertou o pesquisador Paulo Sérgio Rosa.

Nos aviários mais modernos, em que a automação e climatização são priorizadas, o período requer principalmente a oferta de uma fonte suplementar de calor. Para obter o melhor resultado, o produtor deve, primeiramente, concentrar as aves em um espaço em torno de 30% a 40% da área total do aviário, especialmente nos três primeiros dias de alojamento dos pintainhos (essa concentração pode ser feita por meio de divisórias e uso de forro de lona plástica).

Essa redução do espaço deve ser mantida até os 21 dias de vida da ave. É importante ressaltar que essa área para os pintainhos deve ser aumentada na medida em que eles crescem, de modo a manter o bem-estar e o acesso à alimentação e água sem provocar estresse. Por esse espaço confinado, o mais comum é que sejam distribuídas campânulas, alimentadas com gás. Também é preciso oferecer às aves uma ventilação mínima. Para isso, devem ser feitas pequenas abertura no forro do aviário.

Há também aviários com sistema de aquecimento com fornalha central, alimentada com lenha. Essa fornalha, que normalmente fica ao lado do aviário, fornece calor distribuído por uma tubulação metálica e exige um acompanhamento de perto pelo produtor para que todos os frangos realmente tenham acesso ao ar quente. É importante que o avicultor tenha o conhecimento básico de funcionamento, operação e manutenção dessa fornalha, que pode ser obtida com o fabricante. Todos esses procedimentos servem para atender as recomendações mais atualizadas referentes às temperaturas de conforto para as aves.

De acordo com o pesquisador Paulo Sérgio Rosa, da Embrapa Suínos e Aves, o ideal é que o ambiente de criação das aves ofereça 35 graus centígrados no primeiro dia. A partir do segundo dia, a temperatura deve ser reduzida gradativamente até chegar por volta dos 30 graus no sétimo dia. Do sétimo ao 14º dia, a temperatura pode variar até os 28 graus. Do 14º ao 21º dia, a temperatura pode decrescer de 28 para 26 graus. Depois dos 21 dias, a temperatura deve ficar entre 21 e 26 graus. Garantir temperaturas ideais de acordo com a idade dos frangos melhora o conforto, otimizando a conversão alimentar e o ganho de peso.

Jean Vilas Boas – Jornalista (MTb/SC 00.717)
Embrapa Suínos e Aves
(49) 3441-0454 / cnpsa.imprensa@embrapa.br

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