quinta-feira, 27 de junho de 2013

Alertas de Mercado: Arroz, Boi e Café




Arroz


Diante do aumento da taxa de câmbio, indústrias e orizicultores no Rio Grande do Sul renovaram as expectativas de fortalecimento das exportações e de enfraquecimento das importações brasileiras para os próximos meses. Esse cenário, se confirmado, pode favorecer a balança comercial do arroz para 2013.

Segundo pesquisadores do Cepea, no mercado brasileiro, devem ser analisados o volume da safra 2012/13, o estoque de passagem e o preço de comercialização do arroz – é preciso ter excedente e preços competitivos para viabilizar a exportação. Na última semana, beneficiadoras e orizicultores mantiveram-se cautelosos nas negociações e nem todos os lotes de arroz “livre” (depositado nos armazéns dos produtores) ofertados foram adquiridos pelas empresas, pois não houve acordo sobre os preços.

Algumas indústrias abriram preços somente para compra de arroz em casca depositado em seus armazéns. O Indicador do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% de grãos inteiros) registrou ligeira alta de 0,38% em sete dias, fechando nessa terça-feira a R$ R$ 33,93/sc de 50 kg. Na parcial de junho, o Indicador sobe 1,2%.

Boi

A oferta de animais para abate segue baixa na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, sinalizando início do período de entressafra. Nesse cenário, os preços da arroba estão firmes ou em alta em praticamente todas as praças. Entre 19 e 26 de junho, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa subiu 0,73%, passando para R$ 99,88 nessa quarta-feira, 26. No mês, o acréscimo é de 1,63%. Quanto ao mercado externo, os números das exportações nacionais de carne bovina vêm animando o setor.

No acumulado de janeiro a maio, a receita com a venda da carne bovina ao exterior registra o melhor início de ano da história, atingindo US$ 1,995 bilhão – dados da Secex. Este valor supera em 20,6% o do mesmo período do ano passado. Já em termos de volume, as exportações brasileiras de carne bovina registram em 2013 o melhor início do ano desde 2008, somando 437,4 mil toneladas, pouco abaixo das 440,1 mil toneladas de igual período de 2008. Em 2009, após a crise financeira global, as exportações se retraíram, mas, desde então, os embarques têm aumentado ano após ano.

Café

A grande incidência de chuvas, desde o final de março, tem interrompido a colheita de café na maioria das regiões. Além disso, a umidade também tem reduzido a qualidade do grão. Com a possibilidade de precipitações até o final de junho em São Paulo e no Paraná, a expectativa é que a colheita seja intensificada apenas no próximo mês. A demora na entrada de grãos novos de arábica, por sua vez, limita o volume de negócios, já que exportadores têm esperado para efetuar embarques.

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 281,15/saca de 60 kg na quarta-feira, 26, queda de 1,66% em relação à quarta da semana anterior. Quanto ao mercado internacional de robusta, a entrada da nova safra brasileira e a perspectiva de boa oferta mundial têm pressionado, mesmo que levemente, as cotações. No físico brasileiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 242,77/saca de 60 kg na quarta-feira, praticamente estável em relação à quarta anterior.

Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br

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