sexta-feira, 3 de maio de 2013

Tratamento de Cupins na Cana-de-açúcar


Nos últimos 200 anos a população mundial saltou de 957 milhões para 6,7 bilhões de pessoas. E a projeção é de que em 2050, o planeta tenha nada menos que 9 bilhões de habitantes. Com isso, o setor sucroalcooleiro no Brasil se prepara para um novo patamar de crescimento e necessidades, com maior profissionalização na gestão das usinas e investimentos técnicos.¹

A cultura da cana-de-açúcar (Saccharum spp.) apresenta grande importância no cenário nacional e internacional devido a sua múltipla utilidade, pois pode ser empregada in natura, sob a forma de forragem, para alimentação animal, ou como matéria prima para a fabricação do açúcar, álcool, rapadura, melado e aguardente, ocupando cerca de 7 milhões de hectares ou cerca de 2% de toda a terra arável do País, que é o maior produtor mundial, seguido por Índia, Tailândia e Austrália. As regiões de cultivo são Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Nordeste, permitindo duas safras por ano. Portanto, durante todo o ano o Brasil produz açúcar e etanol para os mercados interno e externo.²

A cana-de-açúcar é atacada por cerca de 80 pragas, porém pequeno número causa prejuízos à cultura. Esta cultura é atacada por vários insetos praga, e dependendo da espécie e do nível populacional, podem provocar sérios prejuízos, com reduções significativas na produtividade agrícola e industrial.³ Dentre os insetos-praga merecem destaque, pelos danos que ocasionam, os cupins, a broca-da-cana Diatraea saccharalis, o besouro Migdolus fryanus e a lagarta Elasmopalpus lignosellus.


Nesta gama de insetos causadores de prejuízos, a Ourofino apresenta o lançamento de mais um produto no auxílio do controle de CUPINS, o SINGULAR, com o princípio ativo Fipronil, que é um inseticida de amplo espectro que danifica o sistema nervoso central do inseto ao bloquear a passagem de íons de cloro através dos receptores GABA e dos canais de glutamato-cloro(GluCl), componentes do sistema nervoso central. Isso causa a super excitação dos músculos e nervos dos insetos contaminados, levando-os a morte.

A especificidade para insetos do Fipronil advém de uma boa eficácia nos recepetores GABA e do fato que o GluCl não existem em mamíferos.

Os cupins pertencem à Ordem Isoptera, sendo identificadas junto à cana-de-açúcar mais de 12 espécies de cupins e há outras em fase de identificação. As espécies mais danosas são:Heterotermes tenuis e Heterotermes longiceps (Rhinotermitidae), denominados cupinssubterrâneos; os cupins da Família Termitidae: Cornitermes cumulans (cupim de montículo) e Procornitermes triacifer, Neocapritermes opacus, Neocapritermes parcus, Amitermes, Cylindrotermes e Nasutitermesconhecidos como cupins de solo.


Os ataques e subseqüentes danos ocasionados na cana pelos cupins podem ser divididos em três tipos relativamente distintos (NOVARETTI, 1986):

1 – Logo após o plantio, quando perfuram os toletes empregados como “sementes”, seguido de um ataque às raízes, diminuindo sensivelmente o vigor da planta e determinando falhas na germinação;

2 – No período de maturação da cana, quando os cupins penetram nos colmos provocando secamento e morte dos mesmos;

3 – Após o corte, quando as touceiras estão vulneráveis nas superfícies cortadas, com conseqüente raleamento nas soqueiras.

Nos novos plantios, os cupins penetram pelas extremidades dos toletes e destroem o tecido parenquimatoso e as gemas, causando falhas na lavoura. Nas brotações, o ataque ocorre no sistema radicular, provocando debilidade da nova planta. Logo após o corte, e principalmente quando houver queima do talhão, o ataque ocorre na soqueira através da incisão dos tocos e conseqüente destruição das raízes e rizomas. Nas canas adultas a penetração ocorre através dos órgãos subterrâneos secos, atingindo até os primeiros internódios. Cana cortada e deixada algum tempo no campo também é atacada pelos cupins. Havendo escassez de matéria orgânica decomposta, os cupins podem atacar folhas de brotações novas.

Na cultura da cana de açúcar, os cupins podem ocasionar danos em cerca de 10 toneladas por hectare ao ano, o que representa uma média de 60 toneladas por hectare durante o ciclo da cultura. Os cupins subterrâneos Heterotermes spp. e as espécies conhecidas como cupins de solo:Procornitermes, Neocapritermes, Amitermes, Cylindrotermes e Nasutitermes, devido ao hábito subterrâneo e também pela difícil localização dos ninhos de algumas dessas espécies, torna-se muito problemático o controle.4 Portanto, para o seu controle é necessário o uso de inseticidas de alto poder residual.

O período adequado para conter os ataques desses cupins é na instalação da lavoura, tanto nas áreas de expansão como nas de reforma, pois o inseticida deve ser aplicado no sulco de plantio da cana. É a Ourofino, maior empresa brasileira no ramo veterinário, agora no ramo da agrociência, investindo no crescimento e nas necessidades no produtor Brasileiro, junto com o crescimento do Brasil, e do setor sucroalcooleiro.

Referências:
Adaptado REVISTA CANAVIEIROS. Sertãozinho, nº 72, jun. 2012.
Adaptado Setor Sucroenergético – histórico. Disponível em < http://www.unica.com.br/content/show.asp?cntCode=9E97665F-3A81-46F2-BF69-26E00C323988>. Acessado em 01 de Agosto de 2012.
Pereira,L.G.B. Dossiê técnico: cana de açúcar – principais insetos pragas. Disponível em <http://sbrt.ibict.br/dossie-tecnico/downloadsDT/MzA3>. Acessado em 01 de Agosto de 2012.
Cupins. Disponível em: <http://www.agrobyte.com.br/cupins.htm>. Acessado em 01 de Agosto de 2012.


Por Thais Zanetti, engenheira Agrônoma Ourofino Agrociência.

2 comentários

Unknown 29 de setembro de 2018 às 15:53

Esse inseticida também serve para cupins da macaxeira? Na propiedade tem nas duas plantas.

Maria Alice 21 de setembro de 2020 às 08:36

A cana avermelhada por dentro é ataque de cupim?

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