segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Alertas de Mercado: Citros, Mandioca e Soja


Citros

O volume de laranja negociado nos últimos dias no mercado in natura foi pequeno devido ao carnaval, de acordo com pesquisadores do Cepea. Na parcial desta semana (quarta e quinta-feira), a pera tem média de R$ 10,15/cx de 40,8 kg, na árvore, ligeiro aumento de 0,4% em relação à média anterior. Para a lima ácida tahiti, a média parcial da semana é de R$ 4,42/cx de 27 kg, colhida, recuo de 7% em relação à anterior. Em relação às exportações totais de suco de laranja aos Estados Unidos, segundo a Secex, o volume totaliza mais de 154 mil toneladas (em equivalente concentrado) no acumulado da temporada 2012/13 (de julho de 2012 a janeiro de 2013), aumento de 16% frente ao mesmo período da safra passada. Em janeiro de 2012, os envios de suco aos EUA foram muito reduzidos, pela restrição ao carbendazim.

Em receita, o aumento é de apenas 4%, devido à desvalorização do suco no cenário externo. Para a União Europeia, também no acumulado da temporada, houve ligeiro recuo de 1% no volume embarcado – que registrou quase 419 mil toneladas, em equivalente concentrado. A receita foi 4% menor no período. Assim, no balanço, o volume embarcado para todos os destinos segue quase sem alteração em relação ao mesmo período da safra anterior – quase 700 mil toneladas de suco em equivalente concentrado. A receita está 6% menor, resultado do menor preço pago pela tonelada do suco concentrado.

Mandioca

Além do período de carnaval, entre 11 e 15 de fevereiro o volume de chuvas foi expressivo em parte das regiões produtoras de mandioca acompanhadas pelo Cepea. Assim, passou a haver dificuldades com colheita e transporte e, na indústria de fécula, a quantidade de mandioca processada diminuiu 33,7% comparativamente ao volume da semana anterior. Em parte das regiões, apesar de o clima estar favorável, produtores também optaram por reduzir a colheita. Com menor oferta, acirrou-se a disputa por matéria-prima entre fecularias e entre estas e as farinheiras, que continuaram pagando mais pela raiz.

Soja

As fortes quedas observadas no mercado internacional na semana passada pressionaram as cotações da soja no Brasil, de acordo com pesquisadores do Cepea. O recuo externo se deve às boas expectativas quanto à safra na América do Sul, mesmo considerando-se que o clima esteve desfavorável à cultura em diferentes momentos e em regiões no Brasil – seca em Goiás e Nordeste no período de cultivo e chuvas na colheita, especialmente em Mato Grosso – e também em grande parte das regiões argentinas.

No geral, a produtividade das lavouras brasileiras está bem satisfatória, havendo apenas problemas pontuais de rendimento ou de qualidade, segundo informações do Cepea. Quanto aos preços no Brasil, apesar do avanço da colheita e da pressão externa, entre 8 e 15 de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá), em moeda nacional, ficou estável, já que não houve registros de negócios realizados, com média de R$ 64,57/sc de 60 kg nessa sexta-feira, 15.

Ao ser convertido para dólar, moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa, o Indicador fechou a US$ 32,83/sc de 60 kg, avanço de 0,27% na mesma comparação. Já a média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, finalizou a R$ 58,63/sc de 60 kg, forte baixa de 3,76% no mesmo período.




Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br

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