quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Alertas de Mercado: Algodão, Arroz e Trigo


Algodão

Poucas foram as negociações envolvendo algodão em pluma na última semana. Pesquisadores do Cepea comentam que o feriado na quinta feira, 15, (Proclamação da República) e o da terça, 20, em alguns municípios (Consciência Negra) fizeram com que muitos agentes apenas observassem o comportamento do mercado, devendo retomar as negociações apenas nos próximos dias, o que manteve estáveis os preços internos. Entre 13 e 20 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias teve ligeira alta de 0,04%, fechando a segunda-feira, 20, a R$ 1,5488/lp. No mês, no entanto, o Indicador acumula baixa de 1,18%.

Arroz

Na casa dos R$ 38,00/saca de 50 kg há um mês, o Indicador do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58 grãos inteiros) tem apresentado apenas pequenas oscilações diárias. Na segunda-feira fechou a R$ 38,32/sc, acumulando ligeira queda de 0,98% nos últimos sete dias e de 1,26% no mês. Segundo pesquisadores do Cepea, o interesse por comercialização de arroz em casca esteve fraco na semana passada tanto pelo lado das indústrias como dos produtores.

Boa parte das beneficiadoras ofertou preço somente para compra de arroz depositado em seus armazéns. Poucas empresas compraram “arroz livre” (depositado nos armazéns dos orizicultores). Além disso, no dia 14 de novembro, o governo federal anunciou leilão de venda de arroz em casca para esta semana (dia 22/nov). Quanto aos produtores, estiveram negociando apenas aqueles com necessidade de “fazer caixa” para pagar compromissos de safra. As atividades de plantio das lavouras 2012/13, as vendas do final de outubro para pagamentos de custeio e a ligeira perda de sustentação dos preços nas últimas semanas fizeram com que orizicultores se retraíssem.

Trigo

Os preços do trigo no Brasil já subiram cerca de 45% no mercado disponível e de 36% no mercado de balcão em 2012. Agentes consultados pelo Cepea acreditam, ainda, em novas altas, fundamentados nos aumentos dos preços externos e na desvalorização do Real frente ao dólar.

Além disso, estimativas de menores ofertas brasileira e mundial também são fatores de sustentação. Pesquisadores do Cepea comentam que, com a colheita do cereal brasileiro caminhando para a reta final e sem perspectivas de boa safra, principalmente para o Rio Grande do Sul, as importações devem aumentar significativamente para suprir o consumo interno. Vale considerar que, receosos de que se repetisse o baixo interesse de moinhos nacionais no período de colheita, produtores brasileiros buscaram e encontraram importadores interessados no trigo nacional.

Quanto ao mercado spot brasileiro, compradores continuam ativos, dando boa liquidez a todas as regiões pesquisadas pelo Cepea. No mercado de derivados, os negócios têm estado mais fracos devido às expressivas altas nos últimos meses.


Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br

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