quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Manejo de Variedades de Cana de Açúcar é um Desafio


O aspecto mais importante perante o produtor, explicou o pesquisador, é ter uma nova visão sobre o critério de produção através dos programas de melhoramentos de variedades para poder usufruir os ganhos de algumas variedades. “Tenho percebido que a parte técnica é um dos motivos deste cenário atual, por sinal, não muito bom. Existe uma equação de adoção das variedades e tem que levar em conta essas duas variáveis”, comentou. 

A adoção tecnológica faz parte dos componentes de gestão e precisa ter mudanças de conceitos. Para Landell, é preciso desconstruir convicções. “Muitas empresas com década de existência estão passando por problemas porque existe um ambiente de desconstrução e de criação de novas visões”, alertou o pesquisador, completando que, para se construir é preciso passar por um processo de treinamento, gerar novas referências para o estabelecimento com métodos mais audaciosos e romper algumas convicções. Saber das novas ações, dos novos players na área tecnológica no Brasil para se tornarem lutadores de tecnologias. 

Na visão de Landell,  o manejo varietal associado a estratégia inteligente pode proporcionar um ganho de produção entre 15% a 40%. O pesquisador observou que, nos últimos dois anos, o plantio mecanizado vem ganhando espaço, mas está prática ainda tem muito a melhorar, e as novas variedades de cana podem contribuir para tornar mais viável esse processo.

Variedades IAC – nos últimos anos, o IAC lançou importantes e novas variedades de cana. Entre elas estão: 

A IAC87-3396 é uma variedade que está se tornando muito importante para muitas usinas, neste ano de seca, tem boa estabilidade de produção, ótima adaptação em cerrado, reação intermediária à ferrugem marrom, no cerrado pode ocorrer florescimento, portanto é indicada para colher mais precocemente com maturador e tem boa adaptação ao plantio mecânico. 

IAC91-1099 tem excelente produtividade ao longo dos ciclos, apresenta florescimento (com mais intensidade no cerrado), é sensível ao vírus do mosaico, mas apresenta característica de recuperação, possui fechamento rápido, ótima colheitabilidade, é uma cana ereta e muito adaptada ao plantio mecânico. 

IACSP93-3046 tem excelente colheitabilidade, é uma cana ereta, tem elevado teor de sacarose, possui ocorrências de carvão e crescimento lento, pode ser usada na colheita de outono e inverno e muito adaptada ao plantio mecânico. 

IACSP94-2094 conta com um novo biótipo, ou seja, perfilhamento de 14 a 17 colmos por metro e diâmetro entre 14 a 25% inferior à RB86-7515. Possui ótima colheitabilidade, cana ereta, possui tolerância à seca, é limitada à produtividade cana-planta e fechamento excepcional como cana orgânica. 

IACSP94-2101 tem ótima colheitabilidade, muito ereta, não floresce, nem isoporiza, é muito responsiva, portanto, exigente em ambientes de produção. Muito adaptada para áreas orgânicas, possui elevado teor de sacarose, tem tolerância à broca do colmo e é excelente adaptação ao plantio mecânico. 

IACSP95-5000 é responsiva com alta produtividade, ótima colheitabilidade, é uma cana ereta, pode florescer com média intensidade, principalmente no cerrado, tem ótimo comportamento em área orgânica, possui elevado teor de sacarose e muito adaptada ao plantio mecânico. 

IACSP95-5094, lançada em setembro de 2010, é estável, responsiva com elevada produtividade, ótima colheitabilidade, cana ereta, não floresce e nem isoporiza, inclusive no cerrado, possui bom comportamento em área orgânica e muito adaptada ao plantio mecânico. 

IACSP96-2042 é responsiva com alta produtividade em inverno e outono (média – tardia), possui ótima soqueira, não floresce e possui alto teor de sacarose. 

IACSP96-3060 é responsiva com alta produtividade, não floresce nem no cerrado, possui ótimo comportamento em área orgânica e elevado teor de sacarose, inclusive em áreas de vinhaça.


Momento de união – no final de sua participação, Landell disse: “Colhi um versículo muito interessante e oportuno para esse cenário atual: ‘Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá outro que o levante”, Eclesiastes 4:10’.” Após a leitura do versículo, o pesquisador salientou que, “estamos em um momento que não devemos ficar voltados somente para os nossos problemas; devemos pensar em todos para conseguir avançar; e esta reunião é uma oportunidade de estarmos juntos e discutir problemas comuns sem medo de ser feliz e sem medo de dividir nossa eficiência e vantagem competitiva. É um momento de não sermos competitivos e sim nos unir para não deixar cair. 


Fonte: Grupo IDEA

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