sexta-feira, 23 de setembro de 2011

IMA intensifica defesa agropecuária para prevenção à febre aftosa


O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) está reforçando as ações de defesa sanitária animal em Minas Gerais para a prevenção e controle da febre aftosa através do cadastramento de propriedades, monitoramento da doença e fiscalização do trânsito de animais e estabelecimentos. Isto porque o Paraguai notificou à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) sobre a identificação de foco de febre aftosa em bovinos na região central paraguaia.

O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, explica que o aparecimento do vírus é normal. “No entanto, é importante que os órgãos de defesa tenham um plano de contingência para, assim, evitar a propagação do vírus”, afirma.

O último foco de febre aftosa registrado em Minas Gerais foi em 1996. Para manter o controle da doença, duas campanhas de vacinação são realizadas todos os anos, uma em maio e outra em novembro. Na primeira etapa de vacinação contra aftosa deste ano, foram vacinados 98% do rebanho de 22,6 milhões de animais entre bovinos e búfalos. Minas Gerais é reconhecido pela OIE como área livre de febre aftosa com vacinação.

Além disso, o IMA realiza a cada dois anos a sorologia da aftosa que consiste na coleta de soro sanguíneo dos animais para verificação da circulação do vírus. É uma ação importante, visto que comprova a inexistência da atividade viral em território mineiro.

Altino Rodrigues Neto informa ainda que os cuidados em relação aos animais provenientes dos estados que fazem fronteira com Paraguai, como Mato Grosso do Sul e Paraná, estão redobrados e será realizado um levantamento do trânsito de animais nos últimos 60 dias. “O trabalho é preventivo, pois a possibilidade de manifestação da aftosa em Minas Gerais é muito remota. Mas, vamos tomar todas as medidas para a prevenção,” esclarece.

O que é febre aftosa

A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que atinge animais de casco fendido tais como: bovinos, bubalinos, suínos, ovinos, caprinos, entre outros. O vírus provoca lesões na boca, narinas, tetas, pele e casco. Foi descoberto no século XVI na Itália e mais tarde em países da Europa, Ásia, África e América.

Os primeiros sintomas são febre e diminuição do apetite. Crescimento do animal, engorda e produção de leite são prejudicados. Além de levar os animais à morte, a exportação é recusada por países compradores, causando prejuízos financeiros ao país. Também causa perdas na eficiência reprodutiva.

A aftosa não representa risco à saúde humana e não é transmitida pelo consumo de carne, leite e derivados de animais infectados. Alguns casos raros foram relatados em seres humanos que lidavam de forma muito próxima com animais infectados.



Fonte: IMA

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