quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pau-de-Balsa A madeira do Dinheiro


É a mais leve madeira de uso comercial que existe. É produzida pelo pau-de-balsa, também chamado pau-de-jangada ou pata-de-lebre. Os tipos mais leves pesam cerca de 48kg/m³ Isto equivale a um terço do peso da cortiça. As espécies mais pesadas de pau-de-balsa pesam cerca de 320kg/m³.

A balsa é leve porque o ar ocupa suas células quando a madeira seca. O pau-de-balsa produz grandes flores cor de marfim em forma de taça (veja foto), elas dão origem aos frutos e sementes. A palavra pau-de-balsa é derivada do nome da embarcação chamada balsa. As populações dos países tropicais usam seu tronco para construir balsas e jangadas.

O pau-de-balsa é encontrado do sul do México ao norte da Venezuela e ao longo da costa oeste da América do Sul até a Bolívia. Grandes quantidades de balsa são cortadas no Equador, o maior produtor mundial é a Costa Rica. Nas Antilhas, a balsa é conhecida como a cortiça-das-antilhas. A balsa tem um brilho e uma textura acetinados. A madeira vai do branco ao creme levemente rosado nas partes centrais do tronco.

A balsa é utilizada para fazer aeromodelos e alguns tipos de embarcações, carrocerias de caminhões, barcos salva-vidas e bóias. Também é usada como material isolante nas incubadoras e em carros e caminhões frigoríficos.

Classificação Científica: O pau-de-balsa pertence à família da sumaúma, Bombacaceae. Está classificado no gênero Ochroma Pyramidale, espécie O. Iagopus.

Crescimento: Depois de plantada a muda, em alguns meses atinge 2,4 m de altura, em 2 anos pouco mais de 6m, em 5 anos já esta com cerca de 20m de altura e mais de 50cm de diâmetro, e quando atingem a maturidade podem medir 30m de altura e 70cm de diâmetro com 9 anos de idade. Técnicas avançadas são usadas em todas as fases para ajudar no crescimento.

Propriedades e Aplicações: As propriedades de madeira de balsa são muito parecidas com as da cortiça; é muito usada comercialmente, por causa de suas qualidades isolantes contra calor ou frio, por sua alta capacidade de flutuar sobre a água e sua capacidade por enfraquecer som ou vibrações mecânicas. É intensamente usada para brinquedos, para maquetes e aeromodelos é claro.



Características da Madeira

Peso específico (g/cm³): 0,13 a 0,20.
Cor do alburno: bege esbranquiçado.
Cor do cerne: bege escuro.
Grã: regular.
Textura: fina
Cheiro e gosto: sem
Trabalhabilidade: bastante fácil de trabalhar.
Poros: visíveis a olho desarmado, pequenos a médios, poucos, solitários ou agrupados, vazios.
Linhas vasculares: visíveis bem demarcadas, altas.
Figura radial: notados à simples vista quando largos ou sob lente (os mais finos).
Figura tangencial: apresentam-se baixos e dispostos de maneira irregular.
Parênquima axial: difícil visualização, composto por células distribuídas irregularmente entre os
raios.
Camadas de crescimento: indistintas.


Usos indicados

Brinquedos, isolante térmico e acústico, aeromodelismo. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural do Estado de Mato Grosso (Seder) realizou solenidade de lançamento da publicação das Diretrizes Técnicas do Cultivo do Pau de Balsa (Ochroma pyramfade) no Estado.

A publicação traz como perspectiva a ampliação de oportunidades futuras de investimentos aos segmentos ligados ao setor florestal. As Diretrizes foram elaboradas por técnicos da Seder-MT, Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer-MT), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Balsa Reflorestadora.

O cultivo de Pau de Balsa, de acordo com os estudos, surge como uma nova atividade florestal produtiva para Mato Grosso, contribuindo, inclusive, com o desenvolvimento sustentável. Uma das vantagens do cultivo do Pau de Balsa é que é mais rentável do que outras culturas, isso por ter um tempo de resposta menor que as demais, o que beneficiará também os pequenos produtores da agricultura familiar.

Em termos de Brasil, essa atividade produtiva já está sendo explorada no Amazonas, Acre e Pará. No Estado de Mato Grosso, há experiências bem sucedidas em Nossa Senhora do Livramento, Feliz Natal, Sinop e Juruena.

O Pau de Balsa pode ser utilizado em plantios mistos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permanente, graças ao seu rápido crescimento e tolerância à luminosidade. Sua madeira é de baixa densidade, mas de grande resistência a tensões.

A madeira é macia e fácil de ser trabalhada. Pelas suas características, é ideal para construção de jangadas, balsas, salva-vidas, bóias e brinquedos. O pau de balsa Ainda pode ser utilizado na construção de maquetes, caixas leves, artesanatos e pode substituir a cortiça.
É igualmente apropriado para fabricação de papel e celulose; já que suas fibras são longas e produzem um tipo de celulose de alta qualidade.

A confecção das Diretrizes Técnicas para o Cultivo do Pau de Balsa no Estado de Mato Grosso também contou com o apoio do Fundo de Desenvolvimento Florestal do Estado de Mato Grosso (MT-Floresta), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Banco do Brasil, Banco Sicredi, Banco da Amazônia, Associação dos Reflorestadores do Estado de Mato Grosso (Arefloresta), Balsa Reflorestadora, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Experimentos com pau-de-balsa começam a dar frutos Leve como isopor e muito utilizado na indústria náutica, com produção rápida, boa comercialização e sem muitas exigências de solo e de cultivo. Assim é o pau-de-balsa que está sendo pesquisado pela equipe da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).

A idéia é implantar projetos de cultivo da espécie em assentamentos e comunidades de pequenos produtores. "Como o retorno é rápido, acreditamos que pode ser uma excelente opção para os assentados e agricultores familiares", explica o engenheiro agrônomo e pesquisador da Empaer, Décio Teruo Miyajima, responsável pela pesquisa e pelos projetos de produção de pau-de-balsa em Mato Grosso.


As mudas da árvore estão sendo produzidas nos viveiros da Empaer dos municípios de Várzea Grande, Sinop e Cáceres. Atualmente, a planta ocupa em Mato Grosso 50 hectares e está sendo recomendada para reflorestamento em áreas degradadas e de pequenos produtores devido a extinção de populações de espécies florestais.

A pesquisa sobre o pau-de-balsa começou em 2001. Os primeiros plantios foram feitos em Sinop, no Norte de Mato Grosso e em Nossa Senhora do Livramento, a cerca de 30 quilômetros de Cuiabá. Atualmente já é produzida em Rondonópolis, Cáceres, Sinop, Colniza e em vários municípios do Vale do Araguaia. Os projetos de pesquisa da Empaer são desenvolvidos em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e com os produtores rurais.

"Este ano, estamos ampliando a divulgação dos projetos. Já mostramos as facilidades da produção do pau-de-balsa no Agrishow Cerrado e na Feira da Agricultura Familiar", conta Miyajima. Ele explica que a espécie é bastante precoce, ou seja, os primeiros resultados podem ser colhidos apenas três anos após o plantio.

Ao completar um ano, a árvore atinge seis metros de altura. Aos 24 meses chega a medir 16 metros e com três anos atinge 20 metros de altura. "É resistente e muito utilizada como material de isolação acústica, no artesanato, na construção de jangadas, balsas, aeromodelismo, colete salva vidas e também na fabricação de papel e celulose", enumera.
Além da madeira, cada hectare (ha) de pau-de-balsa produz mil quilos de pluma que pode ser utilizada na produção de travesseiros e almofadas. O quilo é comercializado a R$ 1,50. A produção de sementes também gera um bom lucro 18 meses após o plantio. Cada 10 plantas geram um quilo de sementes que pode ser comercializado a R$ 1.500,00.

A colheita tanto da semente, quanto da pluma é feita em agosto. "O produtor precisa ter experiência para saber a hora de colher, tanto a pluma, como a semente. O atraso de uma semana pode comprometer a qualidade destes dois produtos. É importante salientar que a Empaer também detém a tecnologia para o processo de germinação das sementes", explica.
A produção de muda do pau-de-balsa também pode ser um bom negócio tanto para quem vende, quanto para quem compra. Cada planta custa R$ 5,00. Miyajima diz que o investimento em 10 mudas é de R$ 50,00. No entanto, em 18 meses estas 10 plantas produzem um quilo de sementes que será vendido a R$ 1.500,00. "A muda fica pronta em 90 dias".


Fonte: Servcampo

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