quinta-feira, 19 de maio de 2011

Caqui Cultura e Manejo


Nome popular da fruta: Caqui
Nome científico: Diospyrus kaki L.

Origem: Ásia (China)

Fruto: O fruto é uma baga que traz consigo, na base, o cálice persistente e bastante desenvolvido. A cor da casca varia de amarelo a vermelho. A polpa é, geralmente, amarelada, mas pode variar, em certos casos, em função da presença ou não de sementes. O fruto verde é rico em tanino – o maduro não apresenta acidez e é rico em amido, açúcares, sais minerais e vitaminas A e C.

Planta: O caquizeiro é planta de porte arbóreo e folhas caducas (caem no inverno), que apresenta lento desenvolvimento inicial. É perene, com longevidade de várias dezenas de anos.

A maioria das variedades tem tendência para produção de frutos partenocárpicos, ou seja, frutificam mesmo que não haja polinização, o que resulta na formação de frutos sem sementes. Esses frutos são preferidos pelo mercado.

As variedades de caqui são enquadradas em três tipos, de acordo com a presença de tanino em seus frutos: Sibugaki (taninoso), Amagaki (doce ou não-taninoso) e variável. Taninos são grupos de compostos químicos de origem vegetal, que provocam na pele íntegra a sensação de adstringência ou “aperto”.

O tipo taninoso compreende as variedades de polpa sempre taninosa e de cor amarelada, quer os frutos apresentem ou não sementes. As variedades plantadas deste tipo são: Taubaté, Pomelo e Rubi.

O tipo doce abrange as variedades de polpa sempre não-taninosa e de polpa amarelada, tenham os frutos sementes ou não. As variedades plantadas deste tipo são: Fuyu, Jiro e Fuyuhana.

O tipo variável inclui as variedades de polpa taninosa e de cor amarelada, quando sem sementes, e não-taninosa, parcial ou totalmente, quando apresentam uma ou mais sementes. Quando as sementes são numerosas, a polpa é de cor escura, enquanto que nos frutos com poucas sementes, a tonalidade escura aparece ao redor delas, originando o que popularmente é chamado de “chocolate”. As principais variedades do tipo variável são: Rama Forte, Giombo e Kaoru.

Cultivo: Instalado o pomar, o caquizeiro entra em frutificação a partir do terceiro ano e daí em diante a produção vai crescendo progressivamente, até por volta do décimo quinto ano, quando praticamente se estabiliza. De modo geral, uma planta adulta, em pomares bem conduzidos, produz de 100 a 150 kg de frutos por ano.

A colheita dos frutos é feita quando eles perdem a coloração verde e adquirem a tonalidade amarelo-avermelhada. São, em seguida, transportados para galpões, onde são classificados e embalados.

Todos os caquis dos tipos taninoso e variável, quando sem sementes, apresentam polpa taninosa, mesmo quando maduros. Em razão disso, depois de colhidos, precisam sofrer o processo de destanização, para que seja eliminada a adstringência, bastante desagradável ao paladar.

Nesse processo são usadas estufas ou câmaras de maturação, onde as substâncias mais empregadas para a destanização são o acetileno, liberado a partir do carbureto de cálcio (200 a 400 mg/m3) em contato com a água (3:1 de água:carbureto); o monóxido de carbono, obtido na queima de serragem; vapor de álcool ou etileno. 

O carbureto é mais barato e muito utilizado nas propriedades, mas apresenta o inconveniente de produzir um gás tóxico e explosivo. O etileno produz o melhor resultado, utilizado na proporção de 0,033% a 0,1% do gás volume por volume. A temperatura deve ser controlada e mantida entre 20ºC e 24ºC. Após quatro a cinco dias, as frutas estarão em condições de comercialização.

O período de produção da fruta no Brasil se estende de fevereiro a julho, com pico nos meses de abril e maio. O produtor deve estar atento aos custos de produção, pois essa concentração de safra, em um período muito curto, promove forte depressão nos preços, comprometendo a rentabilidade da cultura.

Usos: O caqui, além do consumo natural, pode ser usado tanto para preparo de passa, como para a elaboração de vinagre.

Mercado: A produção de caqui no Brasil se destina, na sua quase totalidade, ao consumo da fruta fresca.

A passa de caqui é um produto altamente nutritivo, de sabor bastante agradável, cujo consumo, em nosso país, se restringe aos membros da colônia japonesa, talvez devido ao fato de ser produzida em pequenas quantidades. Os frutos destinados à secagem devem ser colhidos “de vez” e não necessitam ser destanizados. A relação entre o peso dos frutos frescos e o de caqui-passa é de, aproximadamente, 5 para 1.

O caqui pode também ser usado para a produção de vinagre, proporcionando alto rendimento em mosto para fermentação, do qual resulta um produto de excelente qualidade. Esse processo tem como vantagem a possibilidade de aproveitamento dos frutos que normalmente são descartados. Obtêm-se 60 litros de vinagre com elevada graduação acética a partir de 100 kg de caquis maduros.


Fonte: Sebrae / Pierre Vilela

1 comentários

Unknown 3 de janeiro de 2021 às 08:52

Show. Era o q eu queria

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