quarta-feira, 20 de abril de 2011

Brócolis podem ajudar a eliminar problemas de pulmão



Cientistas americanos descobriram que o sulforafano, composto encontrado nos brotos de brócolis, poderia ajudar a eliminar bactérias que afetam os pulmões, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (13/03) na revista americana Science Translational.

O sulforafano está presente nas verduras da família da couve e se apresenta como um possível tratamento para prevenir ou reduzir as infecções que frequentemente afetam os fumantes e os pacientes com doenças pulmonares.

Um pulmão saudável se encarrega por si mesmo de expulsar as pequenas partículas de pó, os resíduos e as bactérias estranhas que entram através do aparelho respiratório junto com o oxigênio que respiramos.


No entanto, este sistema de "autolimpeza" é disfuncional nos fumantes, e nas pessoas com um tipo de doença chamada enfermidade pulmonar obstrutiva crônica (Epoc), uma grave patologia respiratória. O Epoc, que afeta 24 milhões de americanos e 210 milhões de pessoas no mundo todo, é a terceira causa de morte nos Estados Unidos.

Tratamento

Os pesquisadores concluíram que o tratamento com sulforafano estimula a ativação da via de sinalização celular Nrf2 tanto nas células humanas dos pulmões com Epoc. A ativação da via Nrf2 restaura a capacidade dos macrófagos pulmonares para eliminar as bactérias dos pulmões, com o que uma dieta rica em sulforafano poderia ajudar aos doentes a melhorarem.

"Nossas descobertas sugerem que os macrófagos dos pulmões dos pacientes com a enfermidade têm uma falha no processo chamado fagocitose, que consiste na destruição de bactérias ou agentes nocivos para o organismo", disse Biswal. Os pesquisadores descobriram que, ainda segundo o médico, "a ativação da via Nrf2 induzida pelo sulforafano restaurou a capacidade dos macrófagos pulmonares para se unir e combater as bactérias".

"O estudo poderá ajudar a explicar a relação entre a dieta e a doença pulmonar, e aumenta o potencial de novos enfoques para o tratamento da doença frequentemente devastadora", afirmou Robert Wise, professor de medicina da Escola Johns Hopkins e co-autor da pesquisa.



Fonte: Globo Rural

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